terça-feira, 3 de maio de 2022
Clio & Marte
sexta-feira, 1 de outubro de 2021
Medalha de Distinção ao Exército Cooperador da Boa Ordem [Pernambuco,1824]
(Primeira) medalha de distinção ao Exército Cooperador da Boa Ordem, por operações contra a revolta em Pernambuco em 1824, a Confederação do Equador. Foi criada a 20 de Outubro de 1824, e estendida à Marinha a 7 de fevereiro de 1825 (apenas ao pessoal da corveta Maria da Glória). Foi criada juntamente com a segunda Medalha de Distinção "Aos mais bravos".
Fita
Dourada, com as bordas verdes. Sobre a fita um passador de metal com a palavra 'CONSTANCIA', na maioria dos exemplares.
Era usualmente usada no peito esquerdo, mas os oficiais generais podiam usá-la de gravata em dias de gala.
Graus/metal
Ouro para oficiais generais; prata para outros oficiais e cobre para praças.
Desenho
Cruz de Malta pommetée (pontas em forma de maçaneta), encimada pela coroa imperial. O centro é circular.
Anverso: A efigie de D. Pedro I, tendo em volta a legenda 'PETRUS I BRASILIAE IMPERATOR' (em certos exemplares (noutros, um círculo de estrelas ou ainda, uma ramagem. Nos braços da cruz, a data 17-9-1824.
Reverso: Igual ao anverso, na maioria dos casos. Raramente é liso.
* * *
Existem 3 tipos diferentes de coroa imperial, com pequenas diferenças, e dois tipos de suspensão.
Fontes
CMG Léo Fonseca e Silva (redator), Marinha do Brasil: Medalhas e Condecorações, Serviço de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1983
quinta-feira, 30 de setembro de 2021
Medalha da Restauração da Bahia
A Medalha da Restauração da Bahia (também conhecida como Medalha da Independência) foi criada a 2 de julho de 1825, para celebrar a retirada das forças portuguesas da cidade, dois anos antes, e galardoar os oficiais e soldados do Exército. Mais tarde foi estendida aos oficiais e marinheiros da esquadra que bloqueou o porto.
No decreto que cria a medalha da Restauração da Bahia, é referido que as cores da fita serão em cinco listras verticais ao centro, verde, douradas as intermediárias e verde as extremas. O decreto foi depois estendido à Marinha a 17 de Agosto de 1825.
Usada ao pescoço para oficiais generais em dias de gala (conforme na imagem) e em pendente para os restantes.
Foram produzidos dois tipos, um na Casa da Moeda do Rio de Janeiro e outro na Casa da Moeda da Bahia, com algumas diferenças.
Graus/metais
Ouro com resplendor em prata dourada, para oficiais generais; Ouro, com esplendor em prata, para outros oficiais; cobre para as praças.
Desenho
Oval, com resplendor em volta, tudo encimado pela coroa imperial.
Anverso: Ao centro, uma espada e um ramo de louro cruzados sob a sigla P I; sobre a sigla, a coroa imperial (exemplares do Rio de Janeiro) ou uma coroa de louros (exemplares da Bahia). Em volta, a inscrição 'RESTAURAÇÃO DA BAHIA' e, em baixo, o ano '1823'.
Reverso: A efigie de D. Pedro I (exemplares da Bahia); plano e liso nos exemplares do Rio.
* * *
Fontes
Capitão de Mar-e-Guerra Léo Fonseca e Silva (redator), Marinha do Brasil: Medalhas e Condecorações, Serviço de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1983.
terça-feira, 18 de agosto de 2020
Transcripto: O Homem das Condecorações (Duque de Ávila e Bolama), por Julío de Sousa e Costa
sexta-feira, 10 de julho de 2020
Paranhos, o monte das Medalhas (Porto, 29 de Setembro de 1832)
«[…] Continuo a mencionar os actos de valor que no dito memorável dia 29 de Setembro de 1832 presenciei. O inimigo, que incontestavelmente carregou com a maior parte das suas forças a direita da nossa linha, não foi contudo menos audaz em frente do Carvalhido , no empenho que mostrou (durante o ataque na direita) em tomar o monte de = Paranhos = chamado depois = O monte das Medalhas = posição de que se apossou e da qual foi desalojado; que tornou a ocupar , donde novamente foi expelido ; que por terceira vez tomou a ganhar praticados pelos nossos bravos Infantes, pelo aturado e mortífero fogo das peças do meu comando, bem como pelo bem dirigido fogo de artilharia dirigido da bateria da Gloria, o que tudo contribuiu para que o inimigo jamais pudesse estabelecer-se no dito monte.
Nota
Oficiais: 17
Cavaleiros: 48
Fonte
João Pedro Soares Luna, Memorias Para Servirem à Historia dos Factos de Patriotismo e Valor Praticados pelo Distincto e Bravo Corpo Académico que fez Parte do Exercito Libertador, Typographia Lisbonense, Lisboa, 1837. pp. 231-233
sábado, 13 de junho de 2020
Transcrição: A génese da Ordem da Torre e Espada (1808)
segunda-feira, 2 de março de 2020
Medalha Comemorativa: D. Pedro V - Expedição de Angola 1860
Na foto de topo a condecoração é a grau Ouro atribuída ao capitão tenente Baptista de Andrade (1811-1902), chefe de uma das colunas do exército durante a campanha, em exposição no Museu da Marinha. Recomendo fortemente uma visita a este excelente museu [visite].
Grau Cobre, anverso. |
A fita era originalmente para ser azul ferrete, como ficou, com as margens em branco. No entanto, para não ficar igual à medalha das Campanhas da Liberdade, alterou-se para dourado.
Ainda na sua criação em lei, o ano a colocar no reverso era 1859, mas foi corrigido para 1860, conforme se pode ver nas duas leis que criaram e regulamentaram a condecoração.
A fita recebe ainda, como é frequente na falerística portuguesa, uma fivela com o metal relativo ao grau correspondente.
Grau Cobre, reverso. |
Considerando de manifesta utilidade e reconhecida justiça honrar os serviços prestados à pátria, e perpetuar a memoria dos sacrifícios feitos pela nação ; Considerando que por esta forma se estimulam as nobres aspirações e os brios generosos; Considerando digna de especial menção e recompensa a expedição enviada a Angola no ano de 1859, assim pela arriscada crise em que se realisou, como pelas funestas consequências que preveniu: hei por bem, dando execução ao expresso pensamento de meu muito amado e sempre chorado irmão o Senhor Rei D. Pedro V, de abençoada memoria, instituir uma medalha comemorativa da dita expedição, que se denominará — Medalha de D. Pedro V —, e será distribuída a todos os indivíduos que na mesma expedição tomaram parte, qualificados estes em três classes; chefes de forças, oficiais e praças de pré, marinhagem ou tropa : devendo aos primeiros competir a medalha cunhada em ouro, aos segundos em prata, e aos terceiros em cobre; e devendo mais a referida medalha, que de um lado terá a effigie de Sua Majestade o Senhor D. Pedro V, e do outro a letra — Expedição de Angola: 1859 — ser usada pendente de fita azul escuro, orlada de branco. O ministro e secretario de Estado dos Negócios da Marinha e ultramar assim o tenha entendido e faça executar. Paço em 15 de Abril de 1862. — REI — José da Silva Mendes Leal.
Considerando indispensável rectificar a data que entra na letra da medalha de D. Pedro V, comemorativa da expedição de Angola, e instituída pelo decreto de 15 de Abril do corrente ano, pois que a expedição referida se efetuou no ano de 1860; Considerando também conveniente alterar a ordenança das cores na fita da mesma medalha, para que não possa confundir-se com a denominada de D. Pedro e D. Maria, criada por decreto de 16 de Outubro de 1861 : hei por bem determinar: primeiro, que a letra da medalha de D. Pedro V, exarada no precitado decreto de 15 de Abril do corrente ano, seja substituída: — Expedição de Angola: 1860 — ; segundo, que a fita correspondente seja de cor azul ferrete, orlada de amarelo. O ministro e secretario de Estado dos negócios da marinha e ultramar assim o tenha entendido e faça executar. Paço em 12 de Junho de 1862. — REI — José da Silva Mendes Leal.