sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Medalha de Distinção ao Exército Cooperador da Boa Ordem [Pernambuco,1824]

 


Medalha de Distinção ao Exército Cooperador da Boa Ordem

(Primeira) medalha de distinção ao Exército Cooperador da Boa Ordem, por operações contra a revolta em Pernambuco em 1824, a Confederação do Equador. Foi criada a 20 de Outubro de 1824, e estendida à Marinha a 7 de fevereiro de 1825 (apenas ao pessoal da corveta Maria da Glória). Foi criada juntamente com a segunda Medalha de Distinção "Aos mais bravos".

Fita

Dourada, com as bordas verdes. Sobre a fita um passador de metal com a palavra 'CONSTANCIA', na maioria dos exemplares.

Era usualmente usada no peito esquerdo, mas os oficiais generais podiam usá-la de gravata em dias de gala. 

Graus/metal

Ouro para oficiais generais; prata para outros oficiais e cobre para praças.

Desenho

Cruz de Malta pommetée (pontas em forma de maçaneta), encimada pela coroa imperial. O centro é circular.

Anverso: A efigie  de D. Pedro I, tendo em volta a legenda 'PETRUS I BRASILIAE IMPERATOR' (em certos exemplares (noutros, um círculo de estrelas ou ainda, uma ramagem. Nos braços da cruz, a data 17-9-1824.

Reverso: Igual ao anverso, na maioria dos casos. Raramente é liso.

* * *

Existem 3 tipos diferentes de coroa imperial, com pequenas diferenças,  e dois tipos de suspensão.


Fontes

CMG Léo Fonseca e Silva (redator), Marinha do Brasil: Medalhas e Condecorações, Serviço de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1983

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Medalha da Restauração da Bahia


A Medalha da Restauração da Bahia (também conhecida como Medalha da Independência) foi criada a 2 de julho de 1825, para celebrar a retirada das forças portuguesas da cidade, dois anos antes, e galardoar os oficiais e soldados do Exército. Mais tarde foi estendida aos oficiais e marinheiros da esquadra que bloqueou o porto.

No decreto que cria a medalha da Restauração da Bahia, é referido que as cores da fita serão em cinco listras verticais ao centro, verde, douradas as intermediárias e verde as extremas. O decreto foi depois estendido à Marinha  a 17 de Agosto de 1825.

Usada ao pescoço para oficiais generais em dias de gala (conforme na imagem) e em pendente para os restantes.

Foram produzidos dois tipos, um na Casa da Moeda do Rio de Janeiro e outro na Casa da Moeda da Bahia, com algumas diferenças.

Graus/metais

Ouro com resplendor em prata dourada, para oficiais generais; Ouro, com esplendor em prata, para outros oficiais; cobre para as praças.

Desenho

Oval, com resplendor em volta, tudo encimado pela coroa imperial.

Anverso: Ao centro, uma espada e um ramo de louro cruzados sob a sigla P I; sobre a sigla, a coroa imperial (exemplares do Rio de Janeiro) ou uma coroa de louros (exemplares da Bahia). Em volta, a inscrição 'RESTAURAÇÃO DA BAHIA' e, em baixo, o ano '1823'.

Reverso: A efigie de D. Pedro I (exemplares da Bahia); plano e liso nos exemplares do Rio.



João Manuel de Lima e Silva (1805-1837), Museu Júlio de Castilho, usando a medalha.

* * *

Fontes

Capitão de Mar-e-Guerra Léo Fonseca e Silva (redator), Marinha do Brasil: Medalhas e Condecorações, Serviço de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1983.